Discussão diária - 4 de dezembro de 2024

Coreia do Sul em Caos: Presidente Enfrenta Acusações de Traição, Protestos em Massa

Os partidos de oposição da Coreia do Sul agiram rapidamente na quarta-feira para impugnar o Presidente Yoon Suk Yeol, horas após sua tentativa fracassada de impor a lei marcial desencadear a pior crise constitucional do país em décadas. Cerca de 190 parlamentares de seis partidos de oposição apresentaram um pedido de impeachment, com a intenção de discutir o projeto no parlamento na quinta-feira antes de uma votação na sexta ou sábado. Com a pressão sobre os membros do próprio partido de Yoon para apoiar a tentativa de impeachment, milhares de manifestantes contra o presidente se reuniram…   no centro de Seul. "[Yoon] é alguém que pode apertar o botão para iniciar uma guerra ou declarar lei marcial novamente. Ele é quem pode colocar a Coreia do Sul em maior perigo agora", disse Cho Kuk, líder de um dos partidos de oposição, que instou as autoridades legais do país a prenderem Yoon imediatamente para investigação por traição. "Devemos suspender imediatamente suas funções presidenciais através do impeachment." A tentativa de destituir Yoon anuncia mais turbulência política no país de 52 milhões de habitantes, a quarta maior economia da Ásia e um aliado-chave dos EUA. Isso ocorreu depois que o presidente conservador declarou lei marcial em uma transmissão nacional não programada na terça-feira à noite, dizendo que precisava purgar a Coreia do Sul de "forças antiestatais" e "normalizar o país". Yoon recuou horas depois, revogando a ordem após ser rejeitada por unanimidade pelo legislativo controlado pela oposição. As tropas enviadas para cercar o prédio do parlamento foram retiradas. O ministro da Defesa Kim Yong-hyun, contemporâneo de Yoon no ensino médio e que anteriormente chefiava a segurança presidencial, ofereceu sua renúncia na quarta-feira à noite. O próprio partido conservador de Yoon havia pedido anteriormente para que o presidente demitisse Kim, a quem acredita ter sugerido a declaração da lei marcial. Líderes do partido estão discutindo se Yoon deve deixar o partido, de acordo com a agência de notícias estatal Yonhap, enquanto a Confederação Coreana de Sindicatos pediu uma greve por tempo indeterminado até que o presidente renunciasse. O principal partido de oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático, rotulou a declaração da lei marcial como "um claro ato de traição" e "um motivo perfeito" para impugnar o presidente. "[Yoon] provavelmente fará outra tentativa, já que sua primeira tentativa de decreto marcial falhou", disse Lee Jae-myung, líder do partido, em um comício no complexo parlamentar. "Mas enfrentamos um risco maior onde ele pode provocar a Coreia do Norte e correr o risco de um confronto armado com a Coreia do Norte ao desestabilizar a fronteira dividida."