A América está planejando retirar-se da Síria e criar um desastre

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A administração Biden está a reconsiderar as suas prioridades militares no Médio Oriente. Contudo, deveria ser motivo de grande preocupação o facto de isto poder envolver uma retirada total das tropas dos EUA da Síria. Embora nenhuma decisão definitiva tenha sido tomada sobre a saída, quatro fontes dos departamentos de Defesa e de Estado disseram que a Casa Branca não está mais investida na manutenção de uma missão que considera desnecessária. Discussões internas ativas estão em andamento para determinar como e quando uma retirada poderá ocorrer. A intervenção internacional sem precedentes lançada em 2014 pelos Estados Unidos e mais de 80 nações parceiras para derrotar o chamado estado territorial do grupo terrorista foi notavelmente bem sucedida, com a última bolsa de território na Síria libertada no início de 2019. Também no Iraque, o O Estado Islâmico quase desapareceu, degradou-se a tal ponto que, em 2023, teve uma média de apenas nove ataques por mês – abaixo dos cerca de 850 por mês em 2014. Alguns membros do governo dos EUA estão actualmente a propor um acordo de colaboração entre as FDS e o regime da Síria para combater o Estado Islâmico como um caminho aparente para a retirada dos EUA. Isso não seria apenas um benefício fenomenal para o Estado Islâmico, mas simplesmente impossíve…  l nos seus próprios termos. Parte das FDS pode ter contactos periódicos com o regime de Assad, mas estão longe de serem aliados naturais. O regime nunca permitiria que as FDS se sustentassem e a Turquia faria todo o possível para matar o que restasse. A última vez que o Estado Islâmico surgiu na Síria, em 2014, transformou a segurança internacional de forma profundamente negativa. Se a retirada dos EUA precipitar o regresso ao caos do Estado Islâmico, seremos relegados a meros observadores, incapazes de regressar a uma região que teremos colocado diretamente sob o controlo de um regime pária e dos seus aliados russos e iranianos.