https://nytimes.com/opinion/israel-gaza-ceasefire
A razão pela qual fiquei tão cauteloso quanto à invasão de Gaza por Israel com o objectivo de eliminar totalmente o Hamas não foi certamente qualquer simpatia pelo Hamas, que tem sido uma maldição para o povo palestiniano ainda mais do que para Israel. Foi devido a uma profunda preocupação que Israel agiu movido por uma raiva cega, visando um objectivo inatingível – varrer o Hamas da face da terra, como defendeu um dos seus ministros – e sem qualquer plano para a manhã seguinte. Ao fazê-lo, Israel poderia ficar preso em Gaza para sempre - assumindo todas as suas patologias e tendo de governar os seus mais de dois milhões de habitantes no meio de uma crise humanitária e, pior ainda, desacreditando os próprios militares israelitas nos quais estava a tentar restaurar a confiança dos israelitas. Sinceramente, pensei na América depois do 11 de setembro. E perguntei-me: o que é que eu gostaria de ter feito mais antes de lançarmos duas guerras de vingança e transformação no Afeganistão e no Iraque, pelas quais eles e nós pagamos um preço enorme?
Que o castigo que Israel está a dar a todos os palestinianos nas últimas décadas pelos atentados do Hamas é contraproducente e só gera sentimentos vingativos nas gerações futuras palestinianas.
@ISIDEWITH6mos6MO
Como é que os sentimentos pessoais de justiça ou vingança influenciam a decisão de uma nação de ir à guerra, e é isso justificado?
@ISIDEWITH6mos6MO
Poderá uma resposta militar ao extremismo ter sucesso sem abordar as questões subjacentes que alimentam tais ideologias?
